Se você buscar por empreendedorismo e inovação na internet, certamente encontrará algum conteúdo sobre startup. Esse modelo de empresa tem como base o desenvolvimento de soluções disruptivas, então, a associação dos termos acontece quase que de forma imediata. Mas nem todo negócio inovador é considerado uma startup, sabia? Alguns outros atributos também precisam existir, caso contrário, trata-se de uma empresa convencional.
O uso da expressão startup remete ao final da década de 90, quando aconteceu a crise das empresas pontocom. Nesse período, uma bolha especulativa levou a uma forte alta nas ações de novas empresas de tecnologia baseadas na internet. Formou-se um cenário de grande expectativa com negócios desse segmento, e foi então que a palavra startup começou a ser associada a grupos de pessoas que criavam soluções arrojadas, com potencial de lucros altos.
Desde então, a palavra startup não deixou mais o vocabulário de inovação e só se disseminou pelo mundo. Mas quais são as características de uma startup? A resposta para essa pergunta não é uma unanimidade no meio do empreendedorismo, mas, ao longo do tempo, alguns conceitos se tornaram predominantes.
Siga com a leitura e aprenda como uma startup se forma e atua no mercado!
O que é uma startup?
Para entrar no assunto, vamos esclarecer quais empresas podem ser chamadas de startups. Como já adiantamos no início deste artigo, a inovação é um fator essencial. Uma startup precisa ter como objetivo resolver um problema com a criação de soluções inovadoras – ou seja, que oferecem uma experiência completamente diferenciada ou promovem melhorias significativas nas alternativas em circulação no mercado.
As empresas são chamadas de startups logo no início da sua atuação. Em inglês, a palavra start quer dizer começar, o que já traz o indicativo de que o termo se aplica a negócios novos. Mas não é apenas isso que conta. Uma startup se insere em um cenário de alta incerteza, justamente pelo fato de apostar em ideias inovadoras. Isso faz com que o risco de não dar certo seja igualmente elevado.
É claro que ninguém quer que isso aconteça! Por isso, as startups aplicam metodologias ágeis para validar hipóteses, reduzindo a incerteza inerente a negócios desse tipo. As soluções também são testadas com o mínimo de tempo e investimento possível por meio do desenvolvimento de MVPs (Minimum Viable Product, em português, Produto Mínimo Viável). Para que isso seja viável, é preciso construir uma estrutura de processo flexível, que atenda às demandas internas e do mercado com rapidez.
Outra importante característica de uma startup é o modelo de negócios repetível e escalável. Na prática, isso significa que a empresa tem capacidade para entregar a mesma solução em escala possivelmente ilimitada, sem que seja necessário investir na mesma proporção. O negócio cresce rápido, mas os custos sobem pouco. É por essa razão que as startups podem alcançar uma margem de lucro significativa.
Como nasce uma startup
Já falamos sobre o fato de que o termo startup pode ser aplicado a empresas em estágio inicial. Mas como esses negócios surgem? Geralmente, o processo acontece pela dedicação de quem teve a ideia – que pode ser apenas uma pessoa ou um pequeno grupo. É muito comum que não ocorram contratações no começo para manter as despesas enxutas.
As startups têm origens diversas. De modo geral, são pessoas comuns que identificaram um problema e criaram uma solução para atender a essa demanda. Mas nem sempre há recursos suficientes para transformar a ideia em um negócio. É preciso buscar investimento de terceiros para que seja viável desenvolver um MVP, a fim de testar o modelo de negócio e a aceitação do público.
Os investidores que oferecem o primeiro aporte de capital para novas startups assumem um risco considerável e, por isso, são conhecidos como angels (anjos, em português). Na maioria das vezes, tratam-se de pessoas com vasta experiência em gestão de empresas, que acreditam no potencial da ideia e oferecem uma quantia para concretizá-la.
As startups também podem buscar pelo suporte de incubadoras, onde encontram capacitação técnica e de gestão, acesso a recursos físicos, além de uma ampla rede para estabelecer contatos estratégicos – inclusive com possíveis investidores. São espaços onde a comunidade local de inovação prospera de forma coletiva.
Na fase de crescimento, quando a solução está pronta para ser escalada, as startups podem fazer parte de programas oferecidos por aceleradoras ou apostar em novas rodas de investimento. Esse processo se repete até que a empresa abra ações na bolsa ou receba uma proposta de aquisição, o que encerra a fase como startup.
Quais produtos ou serviços uma startup desenvolve
É só falar em startup e o que vem à mente são soluções baseadas na internet, principalmente aplicativos. De fato, muitas startups apostam nesse caminho, mas não quer dizer que isso seja um pré-requisito seguido por todas. Na verdade, o que faz as empresas se apoiarem na tecnologia é a facilidade de explorá-la para criar um modelo de negócio repetível e escalável.
Imagine, por exemplo, o montante de recursos necessário para propagar uma solução desenvolvida por uma startup especializada em veículos elétricos. É muito alto! Em contrapartida, empresas que trabalham com softwares podem facilmente replicá-los com um investimento mais baixo. Ambas podem atuar como startups, o que difere é o volume de capital que precisa ser aplicado.
As startups são agrupadas com base no nicho em que trabalham. Uma fintech atua com soluções financeiras, como é o caso da Nubank. A lógica segue com outros segmentos, utilizando termos em inglês: edtech (educação), healthtech (saúde), foodtech (alimentação), lawtech (direito), entre outros.
Não é difícil achar um exemplo de empresa que começou como startup. Basta olhar um pouco para as soluções que usamos no dia a dia, como Uber e iFood. Mesmo negócios como esses, que alcançaram reputação global, deram os primeiros passos da mesma forma que todas as startups: com uma solução inovadora que resolveu um problema e foi aceita pelas pessoas.
Quando a gente olha dessa forma, fica menos distante, não é mesmo? Você pode ter uma ideia para atender a uma demanda da sua comunidade local e criar uma startup para torná-la realidade.
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