Incubadora de empresas: entenda como funciona e quais benefícios oferece a pequenos negócios

Sumário

Você sabia que as micro e pequenas empresas têm importância crucial na geração de renda no Brasil? Os pequenos negócios foram responsáveis por 71,8% das vagas de emprego criadas no país de julho de 2020 a julho de 2021, segundo dados levantados pelo Sebrae. Mas a realidade é que esse número poderia ser ainda maior, porque muitas empresas não conseguem sobreviver até alcançar a maturidade. Nesse cenário, as incubadoras de empresas atuam como um agente essencial para o desenvolvimento de negócios sustentáveis.

A palavra incubadora logo remete à maternidade, mais especificamente ao nascimento de bebês que precisam de um suporte extra no início da vida. Esse também é o objetivo das incubadoras de empresas – oferecer um ambiente propício e todo o apoio necessário para que pequenos negócios em estágio inicial possam se estruturar.

Neste artigo, vamos explicar como funcionam as incubadoras de empresas e qual é a importância desses espaços para a prosperidade dos negócios e para o ecossistema onde estão inseridos.

O que é uma incubadora de empresas

As incubadoras de empresas são espaços que apoiam pessoas que desejam criar negócios com propostas inovadoras. Basicamente, quem procura por incubação já identificou uma lacuna no mercado ou teve uma ideia com potencial para se transformar em um negócio.

Como estão ingressando no empreendedorismo, essas pessoas costumam não ter muita clareza sobre o que deve ser feito para dar início a um negócio. A incubadora de empresas disponibiliza desde recursos físicos, como espaço de trabalho e acesso à tecnologia, até capacitação técnica e de gestão.

O apoio oferecido pela incubadora de empresas abrange direcionamento em diversas frentes de um negócio, como gestão, operação, finanças, jurídico e marketing. As empresas incubadas também aprendem sobre como testar hipóteses e soluções, analisar o mercado, conquistar clientes e escalar o modelo de negócio.

Perfil de empresas para incubação

De modo geral, as incubadoras atuam com empresas de pequeno porte em fase inicial ou pessoas que ainda não instituíram oficialmente um negócio. Para participar de um processo de incubação, é necessário se inscrever em uma seleção e atender a alguns requisitos definidos pela incubadora.

Algumas incubadoras de empresas avaliam o nível de inovação das ideias para definir quais negócios serão atendidos. Também podem ser avaliados outros critérios, como qualificação dos empreendedores, importância da proposta para o ecossistema local, viabilidade técnica e econômica, impacto social e ambiental.

Como surgiram as incubadoras de empresas

O conceito de incubação de empresas remete ao final da década de 50, nos Estados Unidos. Em 1956, uma família de sobrenome Mancuso adquiriu a estrutura física de 79 mil m², deixada por uma indústria que fechou as portas em Batavia, no estado de Nova Iorque. Mas, devido ao tamanho da área, não apareceram pessoas interessadas em alugar o espaço inteiro. Em 1959, Joseph Mancuso teve a ideia de compartilhar o espaço para com empresas de pequeno porte, que também se beneficiaram de assistência e aconselhamentos recebidos no local.  

A proposta não só deu certo, como também se disseminou por diversos parques tecnológicos, polos de pesquisa e inovação do país, chegando aos poucos a outros lugares. No Brasil, as primeiras incubadoras datam da década de 80, criadas por iniciativa do então presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Lynaldo Cavalcanti.

Atualmente, as incubadoras de empresas representam uma ferramenta essencial na geração e maturação de negócios inovadores pelo mundo. As empresas que finalizam o processo de incubação tendem a se tornar competitivas e financeiramente viáveis no mercado em que atuam, além de receber uma gestão adequada.

incubadora de empresas

Na prática, como funciona a incubação de empresas

Depois de aprovados na seleção, os negócios começam a fazer parte da incubadora de empresas por um período determinado, que varia de 1 a 3 anos, em média. Cada incubadora define como será o andamento do processo, mas de modo geral, existem três grandes etapas pelas quais os negócios incubados devem passar. Veja a seguir quais são elas!

Pré-incubação

A primeira etapa consiste na análise da ideia de negócio para compreender a sua viabilidade. Nessa fase, podem ser aplicadas metodologias de modelagem de negócios, como o Business Model Canvas. Também é definido um planejamento com base nas características de cada empresa.

Incubação

É durante a incubação que os negócios usufruem dos recursos oferecidos e recebem assessoria para se estruturar e, de fato, entregar soluções ao mercado. Esse período serve como um espaço para testagem, ajustes e redução de riscos, o que geralmente é feito por meio de metodologias ágeis. O objetivo da incubadora é capacitar as pessoas para que consigam administrar os seus próprios negócios.

Pós-incubação

Depois que a etapa de incubação é finalizada, o negócio recebe acompanhamento para seguir de forma independente. Nesse período, a empresa precisa deixar o espaço físico da incubadora.

Impacto de uma incubadora de empresas no desenvolvimento local

As incubadoras de empresas possuem um papel de grande relevância para a região onde estão inseridas. Não é difícil de entender o motivo: esses espaços contribuem com o empreendedorismo, o que reflete na geração de empregos e movimenta a economia local.

Segundo dados do Sebrae, 96% das empresas incubadas no Brasil são de micro e pequeno porte. Essa informação demonstra que, na grande maioria, os negócios atuam localmente e a incubação faz com que esses empreendimentos sejam formalizados e recolham impostos. Isso explica o fato de que muitas incubadoras são financiadas por investimentos do setor público, como é o caso do Hub.Ro, que é uma iniciativa da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura do Governo do Estado de Rondônia.

No Estudo de Impacto Econômico: segmento de incubadoras de empresas no Brasil, realizado em 2016 pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com o Sebrae e FGV Projetos, constatou-se que empresas incubadas e graduadas podem gerar uma renda superior R$ 8 bilhões, além de 53.280 empregos diretos.

O impacto indireto desses negócios, ao longo do tempo, pode alcançar um patamar ainda mais alto, chegando a R$ 24 bilhões em produção, R$ 13,5 bilhões em renda e mais 370 mil empregos. Como são empresas de pequeno porte, os benefícios gerados, o que inclui a inovação em produtos, serviços e tecnologias, se concentram no ecossistema local e perduram a longo prazo. 

As incubadoras de empresas preparam novos negócios para o mercado com a base necessária para se sustentar. Se você quer conhecer mais sobre como funciona o processo de incubação, faça parte da comunidade Hub.Ro!

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