Diferente do que muitos podem pensar, a criatividade não é importante só para os processos artísticos. Na verdade, em todos os segmentos de uma empresa, os processos criativos podem contribuir ativamente para estruturar de forma mais eficiente as atividades cotidianas e estratégicas.
Contudo, sem ter clareza sobre como a criatividade deve ser encarada para favorecer as atividades, o efeito pode ser o oposto.
É preciso, portanto, ampliar as discussões sobre os processos criativos, conceituando-os de forma mais precisa e entendendo como eles devem ser gerenciados de forma sistematizada.
Neste conteúdo, reunimos as informações mais importantes para compreensão dos processos criativos e como é possível utilizá-los em contextos empresariais. Confira!
Qual é o conceito de processos criativos?
Os processos criativos são parte natural da transformação de uma ideia em uma ação, atividade, ferramenta ou objeto. Por isso, eles estão presentes em todas as áreas de criação, seja nas artes, na publicidade, na engenharia, na programação, entre outras.
Embora muita gente pense o contrário, não é necessário contar com uma uma vocação natural e espontânea para aplicar a criatividade em projetos e negócios, especialmente quando tratamos de trabalhos realizados em equipe. Assim, quando se tem determinados objetivos e metas em vista, os processos criativos podem ser desenvolvidos por meio de estímulos, incentivos, treinamentos e adoção de métodos.
Em suma, podemos definir os processos criativos como a capacidade de estruturação de um pensamento ou ideia, que tem como objetivo final recorrer à criatividade para executar ou aprimorar uma atividade.
Quais são as etapas de um processo criativo para empresas?
Pensando no contexto dos processos criativos em ambientes corporativos e empresariais, há muito tempo estão sendo desenvolvidas teorias no sentido de torná-los mais eficientes.
Entre os teóricos que exerceram grande contribuição na área, Graham Wallas, psicólogo inglês, destacou-se ao desenvolver a teoria da Arte do Pensamento, que ainda hoje é aplicada para auxiliar na compreensão das etapas essenciais de um processo criativo.
A seguir, explicamos brevemente cada uma delas.
1. Preparação
Antes de implementar uma nova ideia para resolver um problema, é preciso fazer uma série de questionamentos que servem para compreender melhor qual é a intenção e a finalidade da solução em questão.
Ou seja, deve haver um momento anterior dedicado ao entendimento sobre o problema. Os questionamentos devem envolver, além do objetivo, as alternativas possíveis para atingi-lo, quem são as pessoas que podem contribuir para a solução, quem é o público-alvo da solução, como isso se refletirá na marca etc.
Dessa forma, o desenvolvimento de uma ideia ocorre de forma muito mais clara e objetiva, favorecendo o trabalho que deve ser realizado em cada uma das fases do processo, até a implementação da solução.
Essa primeira etapa pode ser encarada como uma fase de estudos, pesquisa e assimilação do problema em questão, servindo, assim, para que a empresa se prepare da melhor forma possível.
2. Incubação
A etapa de incubação é também conhecida como “processamento inconsciente”.
Trata-se, objetivamente, de um momento em que as ideias são deixadas “fermentando” para que, de forma inconsciente, novas associações e conexões de informações relacionadas ao problema sejam realizadas. No campo das artes, muitos se referem a esse momento como uma fase de “ócio criativo”.
Nos ambientes corporativos e empresariais, esse momento muitas vezes não é valorizado. Contudo, trata-se de uma etapa importante para que as ideias ganhem consistência a partir de novas associações não tão imediatas, mas que podem ter efeitos muito positivos no desenvolvimento da solução desejada.
3. Iluminação
A etapa de iluminação é, basicamente, o momento em que surge uma ideia que concilia o problema em questão com uma solução inovadora.
Pode até parecer algo simples demais, como quando em um desenho animado surge uma lâmpada sobre a cabeça de um personagem que acaba de ter uma ideia. Mas essa simbologia realmente se assemelha à realidade, já que a iluminação costuma acontecer de forma não planejada.
Na sequência, as conexões que viabilizam a ideia ficarão mais claras e evidentes. Assim, pode-se iniciar o próximo ciclo, de verificação e implementação.
4. Verificação e implementação
Por fim, antes de implementar uma ideia de forma definitiva, é necessário colocá-la à prova – o que é feito na fase de verificação.
Trata-se de uma etapa dedicada a checar se a ideia é viável e se ela tem aderência em uma situação real e prática.
Superada a verificação e confirmando-se a viabilidade da solução proposta, a empresa pode seguir para a implementação. A partir de então, deve ser iniciado um monitoramento constante dos resultados, permitindo, quando necessário, ajustes e adaptações para atingir o melhor desempenho possível.
Quais são os principais obstáculos para a criatividade?
A inovação em empresas pode parecer algo simples quando há liberdade e autonomia para que as pessoas exerçam sua criatividade e apresentem suas ideias.
Contudo, é muito comum que alguns obstáculos atrapalhem ou impeçam o desenvolvimento de processos criativos eficazes. Entenda quais são os fatores mais comuns!
- Insegurança: caracterizada pela falta de confiança ou motivação para apresentar ideias, sendo necessária a criação de um ambiente acolhedor para que todas as pessoas se sintam à vontade para expressar suas ideias.
- Perfeccionismo: muitos profissionais deixam de apresentar ideias que podem gerar ótimas soluções por considerarem que elas não estão perfeitamente ajustadas ao cenário desenhado. Isso deve ser combatido pelas lideranças, que precisam incentivar o compartilhamento de ideias, mesmo que ainda seja necessário desenvolvê-las para que se tornem soluções viáveis.
- Falta de objetividade: ideias inovadoras dificilmente surgirão se não houver um direcionamento mínimo sobre a solução desejada. Assim, antes de iniciar o processo criativo, é preciso entender o problema em questão e qual tipo de abordagem pode ser considerada para solucioná-lo.
- Zonas de conforto: não é raro que uma equipe habituada a trabalhar sob determinada lógica se acomode em uma zona de conforto que, inconscientemente, limita a capacidade de inovação. Logo, é recomendado encontrar formas de estimular a inovação e incentivar as pessoas a “pensar fora da caixa”.
Como otimizar os processos criativos?
Para concluir este conteúdo, veja a seguir algumas dicas de como otimizar os processos criativos e auxiliar a equipe no desenvolvimento de ideias.
Mapas mentais
Mapas mentais são uma forma de organizar as ideias e as suas conexões com pontos de atenção. Trata-se de uma forma de gerenciar as informações mais importantes e torná-las visíveis para toda a equipe envolvida, eliminando, assim, dúvidas e gargalos no fluxo de atividades.
Sessões de brainstorming
O brainstorming é um método muito tradicional e conhecido, que pode ajudar a estimular a inovação. Basicamente, a proposta se resume em uma reunião com várias pessoas pensando no mesmo problema e, nesse momento, qualquer ideia que surge é considerada como uma possibilidade de solução. Só depois do brainstorming são selecionadas as ideias com maior potencial.
Método Lean
O Método Lean consiste em práticas que visam o aprimoramento contínuo de processos. Esse método se apoia em uma lógica simples, de prevenção do desperdício de recursos, tempo e esforço da equipe, além da apresentação, por meio de indicadores, das soluções mais viáveis para um determinado problema.
Além disso, outras metodologias ágeis podem auxiliar na elaboração de processos criativos mais eficientes e inovadores. Se você quer entender melhor todos os recursos para criação de negócios e projetos inovadores, conheça o curso on-line Startup Maker, com acesso gratuito para empreendedores de Rondônia! Aproveite também para seguir o Hub.Ro no Instagram e ficar pode dentro da nossa agenda de eventos e capacitações.
Uma resposta